DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E VALOR DE EMPRESAS LISTADAS NA B3
DOI:
https://doi.org/10.14392/asaa.2021140301Palavras-chave:
dividendos, valor de empresas, relevância dos dividendosResumo
Objetivo: Pela tendência dos mercados de ações internacionais sugere-se que empresas que não distribuem dividendos são mais bem avaliadas pelo mercado do que empresas que efetuam uma pequena distribuição de lucros, enquanto as empresas com maiores distribuições de dividendos são melhor avaliadas. Esse cenário na literatura foi descrito como Relação em “Formato J”. De posse desse aspecto de mercado, este estudo objetivou identificar se há a existência do “Formato J” na relação entre dividendos e valor das empresas no mercado de capitais brasileiro.
Método: Dividiu-se uma amostra de 3.556 observações de 271 empresas, no período de 1996 a 2018, entre empresas não pagadoras de dividendos (DIV0) e pagadoras de dividendos, sendo essas últimas divididas em cinco grupos classificados de acordo com o dividendo distribuído (DIV1 a DIV5). Realizou-se a análise do formato da relação através das medianas dos grupos e os testes estatísticos para se estabelecer a relação estatística entre o dividendo distribuído e o valor das empresas (q de Tobin).
Resultados: Foi constatado que o mercado brasileiro não apresenta o “Formato J”. Dessa forma, as empresas não pagadoras de dividendos apresentaram piores valores do que aquelas que distribuíram dividendos aos acionistas - sendo que apresentaram melhores valorizações as empresas que distribuíram maiores volumes de lucros aos detentores de ações. Adicionalmente, confirmou-se a relevância dos dividendos no valor das empresas no mercado brasileiro.
Contribuições: O trabalho avança na discussão de dividendos e valor de empresas no Brasil ao propor uma nova abordagem estatística ao tema, categorizando empresas por suas políticas distintas de distribuições de lucro e evidenciando a clientela pró-dividendos no mercado brasileiro.
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